.comment-link {margin-left:.6em;}
Um Sofá no Chiado
Não sei se vos acontece isto que me ocorre.
O que me ocorre, venha de onde vier,é isto que me acontece.
|
|
Da mesma família Do mesmo sangue a camara escuraAmigos a coluna vertebral quem és tu de novo do alto da penha escola de lavores ficções e fixações o insubmisso um bigo meu virtualmente irrealTinta Recente
Foto-pilhagem
|
15 janeiro, 2007 Portugueses
A escolha é muito difícil de fazer. Habituado profissionalmente a hierarquizar, dou por mim a ter ainda mais dúvidas a que sou obrigado. Por isso - e por ser um interessante desafio intelectual - a minha discutível listinha não faz rankings, mas restringe a coisa assim: Camões e D.Afonso Henriques estão no topo.Pessoalmente, para prejudicar a espada e amansar a controvérsia, ia para o primeiro. Mas tem razão Nogueira Pinto: sem o Conquistador, pelo que sabemos, Camões poderia ter sido o mesmo génio. Mas ao serviço talvez da corte espanhola. Fernando Pessoa tem que estar na lista. Herda já alguns séculos de país. Mas o seu legado inesgotável poderá ser ainda mais significativo com o passar dos tempos e dos regimes. D.João II é o único rei que me mereceu consenso, para além do fundador da Primeira Dinastia. Todos os outros foram muito menos na soma das partes interna e externa da acção politica. Mais importante que o Infante foram para mim os navegadores. Escolho Vasco da Gama e Álvares Cabral e, com algumas reservas, Fernão de Magalhães. Escolho ainda dois militares - o Soldado Desconhecido, em nome dos anónimos que defenderam o país. E Salgueiro Maia, o verdadeiro heroi do século XX português, cuja coragem e serenidade estão na base da conquista da democracia como valor puro. No resto divido-me muito. Há poetas e escritores geniais, políticos de grande influência, notáveis homens da ciência, músicos intemporais e, sim, desportistas de grande dimensão interna e externa. O meu critério passa pela portugalidade, influência no curso da História e temporalidade da obra. Quanto aos Dez Mais, a surpresa de Cunhal passar Soares e da saudável inclusão de Sousa Mendes. Quanto ao resto, descontando alarvidades, fico sem perceber por que Mourinho está à frente de Figo, mesmo que Eusébio seja ainda o maior português da bola. |