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Um Sofá no Chiado
Não sei se vos acontece isto que me ocorre.
O que me ocorre, venha de onde vier,é isto que me acontece.
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Da mesma família Do mesmo sangue a camara escuraAmigos a coluna vertebral quem és tu de novo do alto da penha escola de lavores ficções e fixações o insubmisso um bigo meu virtualmente irrealTinta Recente
Foto-pilhagem
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27 fevereiro, 2007 Diarios do Chile - XXXVV - Onde a história se reune
Santiago do Chile não é uma cidade muito bonita. Mas há que perder algum tempo a descobrir o centro, a agitação do Passeo Ahumada, as panorâmicas dos Cerros Santa Lúcia e San Cristóbal e a elegância de ruas como a Merced ou de algumas zonas de Bellavista. Há um bom museu (Arte Precolumbina) e um novo centro cultural no subterrâneo de uma praça enorme das traseiras do palácio La Moneda. Nessa praça, maior que o Terreiro do Paço em Lisboa, sente-se a história. Esta fachada esteve na mira dos que protagonizaram o ataque de 11 de Setembro de 1973 que colocou Pinochet no poder e sepultou Allende A última foto de Allende mostra-o com uma arma na mão, rodeado de guardas, olhando para o movimento aéreo. Pouco depois o edifício seria bombardeado e o Presidente Chileno seria encontrado morto. Muito se especulou sobre as causas da sua morte. Entre estilhaços do bombardeamento até ao assassinato a bala tudo se escreveu. Mas, pelo que li, parece ganhar prova a ideia que Allende preferiu pôr fim à vida do que render-se. A sua estátua está na Praça que dá para a fachada principal do La Moneda. Para leituras complementares sobre o que se passou desde Pinochet, aconselho um livro fundamental que ainda me ocupa, tal o volume de informação das suas mais de 500 páginas. Chama-se “Nova crónica da Transição” e é da autoria de Rafael Otano. Outro livro interessante é o de Peter Kornbluh , intitulado “Os arquivos secretos de Pinochet” e que – estando em lista de espera na minha cabeceira – conta como os Estados Unidos se relacionaram com o ditador, nomeadamente no âmbito do golpe de 73. Para quem aprecia um belo templo, aconselha-se uma passagem pela Igreja de São Francisco, mesmo na Alameda, e que tem um tecto surpreendente no seu confronto com a pedra nuas das paredes e a sólida madeira do chão. Tem um convento anexo, com museu, e a Igreja inclui um altar a Santo António, grafitado na rocha com agradecimentos de fieis, e um outro muito mais discreto e abandonado a N.S.Fátima. O hotel que escolhemos para ficar é óptimo na relação qualidade /preço, na gama dos 25/30 euros por noite. Chama-se Paris e já hospedou outros portugueses… |