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Um Sofá no Chiado

Não sei se vos acontece isto que me ocorre. O que me ocorre, venha de onde vier,é isto que me acontece.

Da mesma família

fado falado

duna lounge

Do mesmo sangue

a camara escura

Amigos

a coluna vertebral

quem és tu de novo

do alto da penha

escola de lavores

ficções e fixações

o insubmisso

um bigo meu

virtualmente irreal

29 abril, 2011

Dos chineses
Não importa o tamanho da Montanha, ela não pode tapar o Sol.

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José Pedro Frazão at 05:10

23 fevereiro, 2010

O maluco
foto: Roland PY4ZBZ
Não sei o nome dele. Sei que não se lhe abria a porta.
Fez-se uma vez um dia de esmero e foi de arrombar. Queimou-se um pau de vassoura nas suas costas, penso que não mais deu à costa. Voltou a insultar o mundo pelas vielas.
Dias havia em que afagava pela calada os nossos "capous".
Gente doida essa, que tem antenas "que me explodem" o cinzento cá de cima, vocês andam a matar-me !
Tinha a rádio na cabeça, era então como nós,
o maluco.

José Pedro Frazão at 12:08

22 fevereiro, 2010

e se as resoluções de Ano Novo estivessem por tomar

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José Pedro Frazão at 04:19

21 agosto, 2008

Rua da Bica de Duarte Belo
Há uma cortina que só Lisboa tem e varre pedras e letreiros por ali acima-abaixo. Acolhe-se a noite na calçada onde cessa o vaivém.

Nada mais se lhe ocorre senão um fiozinho de amarelos e soleiras, onde se adormece o estuque e os canos mal acabados. E depois vem a tal "gente engraçada": uma passadeira sem uso e gente que esventra a madrugada com comícios sobre várias estirpes de amor.

Tu andas por aí, Cesariny.

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José Pedro Frazão at 10:01

20 agosto, 2008

O primeiro homem de quem tive medo



Foi um ano triste na família.

Por outro lado, os livros garantem que a 6 de Fevereiro Mota Pinto respondeu a 50 perguntas da oposição no Parlamento. Mas eu só tinha pânico de coisas mais domésticas como quedas em garagens, a escuridão do quarto e uma certa e sempre nocturna dor de estômago.

Na televisão, passava este homem assustador, Cuoco. Foi então que Pintasilgo tomou conta do país. Chegou como foi. Como um astro.

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José Pedro Frazão at 10:23

19 agosto, 2008

Quando eles me trataram por você
esperei mais uns minutos de conversação, a ver se o sotaque se desembainhava lá na guarita.

Não. Afinal não. Deve ser velhice, não, não pode ser respeito.

José Pedro Frazão at 05:00

18 agosto, 2008

A olímpica propaganda russa

Antigamente, quando ainda havia uma gotinha de respeitinho nesse mundo fora, havia uma coisa chamada "trégua olímpica". Pode haver quem ache isso uma pirosice utópica. Mas nestes tempos de tiros caucasianos, vale a pena registar que a Russia nunca foi indiferente aos Jogos Olímpicos, que, por sua vez, nunca deixaram as carreiras de tiro vazias durante a Guerra Fria.


Antigamente, quando a guerra era de estrelas e o fogo era de artificio, um tipo emocionava-se com coisas simples e sem playback.




O Misha foi um belissimo acto de propaganda soviética. Mas, comovidos e embrenhados na sopa de letras do grande Granja, a coisa passou sem alarme social.

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José Pedro Frazão at 01:44

15 agosto, 2008

Paz de Cidade
As fachadas agradecem o feriado, o metro ressoa menos e com sol, oh ol, oh ol, Aleluia, que há mais cor que som na Avenida, assim como aos domingos quando amanhece.

José Pedro Frazão at 09:35

14 agosto, 2008

Voltar
É bom.
Como desaparecer.

José Pedro Frazão at 09:11

03 setembro, 2007

Câmara Lenta
Manoel de Oliveira mostra aos que ainda o vêm como pode um filme viver num tempo outro. Ali tudo é transgressão, argumento slow food e fotogramas montados longe da afogadilha absurda das cidades.

De certo modo é essa ruptura com o tempo actual das imagens que assistimos neste show surdo em Lagos, de um exército de trombetas desafiando uma muralha policial.

Um passe seguro no tempo certo sempre foi arte dos grandes estrategas. Gostaria muito que assim fosse também aqui. Mesmo que ganhe o kick an rush, que se salve a Madalena subtraída a um dos tantos enclaves do império nos algarves.

José Pedro Frazão at 04:44